Curso virtual
A economia global no terceiro milênio
Da economia clássica à economia do bem comum
Proponho cinco chaves: despertar capacidades inatas, aprender a vestir ideias, aprender a pensar, desenvolver outros níveis de consciência e a importância do silêncio.
Se você acha que falar em público é apenas emitir sons mais ou menos ordenados diante de uma plateia, você está frustrando a verdadeira arte de falar em público.
A palavra é uma das qualidades mais importantes dos seres humanos que todas as outras espécies animais não têm e, por isso, devemos valorizá-la de maneira muito especial.
A expressão oral, mas também a expressão escrita, é o resultado da inteligência, que é, sem dúvida, uma das grandes capacidades com as quais a humanidade foi dotada.
O homo sapiens tem uma dívida com seu próprio destino, quando, em algum momento de seu desenvolvimento, pôde alcançar o poder do pensamento e aprender a expressá-lo por meio de palavras e sinais.
Por todos esses motivos, e com base em minha experiência de ensinar a falar em público por muitos anos, cheguei à conclusão de que falar bem em público envolve uma série de fatores e chaves que geralmente não são levados em consideração.
Portanto, proponho cinco chaves: despertar capacidades inatas, aprender a vestir ideias, aprender a pensar, desenvolver outros níveis de consciência e a importância do silêncio.
Bem, acredito que elas ajudarão você a refletir e a sondar seu cérebro em busca dos recursos de pensamentos bem nutridos pela inteligência.
A arte de falar em público deve servir para despertar em cada indivíduo as capacidades inatas que fazem parte de sua própria natureza, mas que as circunstâncias, o ambiente, as inibições e os complexos não permitem que aflorem. É um exercício de maiêutica e, portanto, de desenvolvimento, por meio do esforço de expressão verbal ordenada e bem estruturada, das qualidades de expressão e comunicação que todos os seres humanos possuem, sem exceção.
As ideias nascem nuas em nossos cérebros e nós as vestimos com palavras.
Dessa forma, a ideia é humanizada, pois recebeu forma, cor e calor. Entretanto, certas combinações devem ser levadas em conta.
Em primeiro lugar, precisamos saber para quem vamos transmitir uma ideia. Esse esclarecimento do público pode nos ajudar a usar determinados esquemas, organizando as ideias de modo que consigamos captar a atenção dos ouvintes e que a mensagem que queremos transmitir chegue até eles.
Em segundo lugar, devemos ter em mente que o termo “mensagem” vem do verbo latino “mittere”, que significa enviar. Em outras palavras, quando enviamos uma mensagem, estamos fazendo isso por meio de um sinal, que contém a ideia, e um sinal com o qual emitimos verbalmente essa ideia. Portanto, o sinal deve ser decodificado pelo público e, com o sinal verbal, estamos gerando o estímulo para que ele o decodifique em seu próprio cérebro.
As chamadas técnicas de falar em público devem se basear em “aprender a pensar”.
Não faz sentido simplesmente ensinar a produzir sons, mais ou menos elaborados ou bonitos, se não tivermos conseguido, antes, aprender a pensar com rigor e estrutura elaborada, pois pensar é o ato mais sublime da natureza humana e, infelizmente, em nossos sistemas didáticos, a “palavra falada” parece ter mais valor do que a “palavra pensada”.
Podemos formular discursos com bela dicção, mas sem conteúdo, e que não passam de um acúmulo de “palavras faladas”, mas a “palavra pensada” requer reflexão prévia, uma análise interna que consiga transmitir “ideias”.
Por meio do diálogo que existe entre o palestrante e o público, surge a possibilidade de transformação dos níveis de nossa consciência individual e coletiva.
E é importante que ambas as transformações ocorram ao mesmo tempo, pois uma depende da outra. Portanto, é essencial que você desenvolva a capacidade de se comunicar e a capacidade de dialogar, em suma, a capacidade de participar da comunicação com os outros. Pois dessa forma todos nós crescemos.
Falar em público tem tudo a ver com palavras?
Não, nem tudo são palavras, porque os silêncios são como a argamassa das palavras que dão solidez às frases. Ao falar em público, os silêncios são tão ou mais importantes do que as palavras. Não só porque quem sabe calar sabe ouvir, mas também porque no desenvolvimento de um discurso, em seus intervalos, com a sístole e a diástole do verbo, estrutura-se a harmonia das frases orais.
Quando falamos sobre a importância dos silêncios na fala em público, parece que estamos diante de uma contradição, mas o que estamos propondo é um exercício de oximoro, ou seja, uma espécie de contradictio in terminis que nos ajudará a entender melhor o poder das palavras.
Pense em figuras literárias como agridoce, calma tensa, morto-vivo, pequeno grande homem ou festina lente (pois, dessa forma, por meio do jogo de opostos, você entenderá melhor o sentido necessário de equilibrar os opostos.
Por meio dessas cinco chaves, espero ter despertado em você o interesse em cuidar das relações humanas por meio de palavras bem ordenadas e, acima de tudo, gerar em você o interesse pela busca de suas qualidades e de seu autoconhecimento.
Nosce Te Ipsum como diria o frontispício do Templo de Apolo no Oráculo de Delfos.
Conheça você mesmo!
Curso virtual
A economia global no terceiro milênio
Da economia clássica à economia do bem comum
JUAN MANUEL DE FARAMIÑÁN GILBERT
Diretor da Universitas Estudios Generales.
Curso virtual
A economia global no terceiro milênio
Da economia clássica à economia do bem comum
Compartilhe com seus amigos